terça-feira, 11 de agosto de 2009
A história do Bom Fim
Inicialmente chamada de Campo da Várzea, uma área pública de aproximadamente 69 hectares que servia para a guarda do gado trazido para o abastecimento local, teve sua denominação alterada para Campo do Bom Fim em função da construção da Capela Senhor do Bom Fim, localizada junto ao futuro prolongamento da rua Barros Cassal. A construção da capela teve início em 1867 e conclusão em 1872.
Até o final do século XIX o Campo do Bom Fim se manteve sem grandes alterações: poucas casas, algumas chácaras e sítios, matas nativas que muitas vezes foram utilizados como refúgio dos escravos. Após a abolição, muitos libertos que não tinham para onde ir, abrigaram-se nessa região, que passou a se chamar popularmente “Campo da Redenção”.
Na segunda década do século XX começaram a chegar as primeiras famílias judaicas em Porto Alegre, que se instalaram nas imediações da Avenida Bom Fim, atual Av. Osvaldo Aranha desde 1930, e em suas transversais como a rua Santo Antônio, a rua Silveira Martins, hoje rua Gen. João Teles e a rua Dom Afonso que, posteriormente, chamou-se Ramiro Barcelos. A comunidade judaica foi construindo suas casas, seu templo de oração – Sinagoga - pequenos comércios e oficinas, que mais tarde vieram a formar um bairro residencial e comercial, especialmente equipado por lojas de móveis. Desde 1944 o Hospital de Pronto Socorro funciona nas esquinas das avenidas Venâncio Aires e Osvaldo Aranha.
No que se refere a lazer e cultura o Bom Fim sempre apresentou um perfil bastante diversificado. Em 1931 foi inaugurado o cinema Baltimore, localizado na Av. Osvaldo Aranha, com instalações modernas e confortáveis, apresentando filmes sonoros, novidade para época. Muitos bares e restaurantes tradicionais como o Fedor, freqüentado pela comunidade judaica que se reunia para trocar idéias, o Bar João e a Cia das Pizzas surgiram ao longo do tempo. O mais antigo era o Bar e Restaurante Minas Geraes. Nas décadas de 70 e 80, tivemos o auge da música que referenciava o Bom Fim, pelas composições de Nei Lisboa e Kleiton & Kledir. O bairro é lembrado até hoje por sua boemia e intelectualidade.
Foi reconhecido como bairro através da Lei 2022 de 7/12/1959, ficando limitado pela Avenida Osvaldo Aranha, da esquina da rua Sarmento Leite até a Felipe Camarão, até a rua Castro Alves, sempre paralelo a Avenida Independência.
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